sexta-feira, 2 de outubro de 2009

NUNCA MAIS!


Ela decidiu ir embora. Ele disse que já não suporta o seu jeito imprevisível. Eles concordaram que não dá mais, repetiram incessantemente que nunca mais. Bateram boca, bateram portas. Juraram não voltar a repetir os seus nomes e também aquela mania de prometer o que não podem cumprir.

Parece simples, parece fácil. Na verdade, o raciocínio é. Por que tentar juntar e colar os caquinhos de um relacionamento que já se rompeu quando se pode encontrar um novo, livre de qualquer impedimento? Por que insistir numa fórmula que sabemos que é arriscada, turbulenta, inconstante?

Só que a lógica do amor não é a mesma que a da razão. A gente escolhe se vai sair ou não com alguém, se vai o beijar, acariciar ou abraçar, mas não elegemos quem vai fazer o nosso mundo girar, quem vai nos levar para outro mundo nos segundos ou minutos que um beijo pode durar.

Mesmo assim, o direito de escolha continua do nosso lado. De que adiante a pessoa ser linda, bonita, educada, inteligente e apaixonada se junto dela você não se sente feliz, inteiro, preenchido? Por outro lado, o frio na barriga, a ansiedade pelos encontros, o sorriso que insiste em ficar implicitamente estampado nos seus olhos quando estão juntos compensa a montanha russa que suas vidas enfrentam quando seus destinos resolvem se unir?

Ela ligou. Ele atendeu prontamente, mesmo que houvesse jurado nunca mais responder suas chamadas. Ela titubeou. Ele confessou que a ama, disse que vai sempre amar. Ela sabe que pode escolher entre uma vida estável ou uma vida com ele. Ele quer voltar. Ela quer paz. Ele não acredita que o amor possa acontecer mais de uma vez na vida de alguém. Ela acredita nele. Ele a ama. Ela… Idem.

Nunca diga nunca.

Um comentário:

Anônimo disse...

a falta de opção é foda!!! hahahaha