sexta-feira, 31 de julho de 2009

SOFRER POR AMOR? LUXO OU LIXO?

Outro dia me perguntaram como se cura dor de amor. Ah, gente, não sei. Realmente não sei. Me desculpem. Se existisse fórmula seria fácil. Mas não tem. E a única coisa que a gente não quer saber é de fórmulas quando o coração está em pedaços. Não adianta alguém falar "vai passar" porque a única resposta que me vem nessas horas é uma pergunta: QUANDO? E ninguém sabe o tamanho do tempo e a gente acha que o mundo acabou, que o amor é marketing, enxerga qualidades onde a pessoa (aquela ingrata!) não possui e se vê num questionamento interior que não tem fim (e muito menos respostas): por quê? Onde errei? E outras que nem preciso enumerar porque são sempre as mesmas. Só muda o objeto do amor e a intensidade do sentimento. Você pode ter conhecido a pessoa há uma semana mas tem certeza que é o amor da sua vida, a razão de tudo, a tampa da sua panela. Ah, então tá. E as amigas te consolam, a maquiagem borra e todo mundo come chocolate junto, enquanto a frase que mais odiamos ecoa no ar "se o sujeito não te quer é melhor você ficar sem ele". Ai, hora do choro aumentar! Pra amenizar, alguém diz que a atual do cara é uma sonsa. Han? Como assim? Você vai dizer: antes tivesse me trocado por alguém melhor do que eu! Estou certa? Pois é. E você sofre. Faz drama. Drama, não, dramalhão. Afinal você ama aquele filho-da-mãe de uma figa que deixou seu orgulho ferido e sua auto-estima no chão. E a gente esquece os defeitos dele, esquece que ele tem manias estranhas e esquece também que, no fundo, não via muito futuro pra vocês dois. Verdade? Não, nessas horas nada é verdade. Sofrer por amor cega, dá uma super inspiração e deixa nossas mães preocupadas, essa é a única verdade. Eu já tomei pés-na-bunda consideráveis e acho que se a Jeniffer Aniston pode, quem sou eu pra fugir da regra. Já me disseram NÃO e nem por isso sou menos inteligente, menos legal, menos louca, menos linda, menos tudo, menos nada. A única coisa que tenho certeza é que eu NÃO ERA a pessoa certa pra aquele cara. Pelo menos naquele momento. Olha que simples. E sem aquela teoria furada de que o moço tem medo, algum trauma de infância e signo complicado. Quando a gente quer de verdade - meninas, acordem! - a gente vai até o inferno, desfaz casamentos, paga pra ver, apela para a baranguice e canta "Baby, come back" debaixo da janela. Porque o amor é brega. E disso ninguém escapa. Então, vamos aproveitar nosso minuto de lucidez (enquanto não caímos na teia do amor de novo) e aprender de uma vez por todas: não é pra gente se achar um lixo quando um amor acaba. Não é pra gente imaginar que a atual do seu ex é perfeita (acredite: elas nunca são). E definitivamente não é pra gente confundir orgulho ferido com amor. Afinal a gente não vai amar uma pessoa que não ama a gente. E ponto. p.s: o sofrimento é inevitável, mas o luxo é opcional.
(FERNANDA MELLO)
Sou avessa à equações, fórmulas e respostas certas. Não gosto de nada definido. Certezas não me calam. Talvez - por ser uma eterna questionadora e reverenciar o que não se explica - eu deva admitir, com respeito: sempre me atraiu o conceito do caos. Não me entendam mal, por favor. A palavra, por si só, já me traz simpatia: "caos" era usada pelos gregos como sinônimo de fenda ou espaço infinito. A simples idéia me encanta. E não é só isso. A teoria confirma a natural instabilidade do mundo (e de nós mesmos): há ordem na desordem e desordem na ordem. Viu só? Pra mim, nada pode ser tão real. E inspirador. Parece loucura? Olhe, então, a vida se desenrolar lá fora. Ou atreva-se e vire para você mesmo. Previsões falham. Resultados nos surpreendem. Contradições surgem. Fatos nos tiram do prumo quando tudo parece estar na "mais perfeita ordem". O contrário também acontece. (E eu agradeço, feliz, pela não-linearidade do mundo!). Li uma vez que o simples bater de asas de uma borboleta pode provocar um tufão do outro lado do planeta. Já avaliaram isso? Ah, não sei não. Não entendo nada de física, nem de escalas temporais. Minha história é outra. Acredito que uma pequena escolha na vida pode mudar muita coisa lá na frente. A dimensão de tal fato? Não sei medir. Mas, por via das dúvidas, me asseguro: acalmo as borboletas que voam na minha barriga e exijo-lhes ordem. Afinal, nunca se sabe o temporal que somos capazes de criar.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Pensamentos de uma madrugada estranha...

Toda aquela coisa complicada e sublime da rejeição na minha cabeça, e ele vem e me dá um apertão simples e grosseiro. Todos os "porquês" mal respondidos, todas as mágoas ainda latentes, e ele vem e bagunça meu cabelo, alisa a barriga toda e espreme toda a cintura. Tanta saudade, tanta tristeza, tanta falta e ele vem e fala baixinho, no meu ouvido, o tanto que precisa, o tanto que quer e o tanto que vai.
Eu acabei de sair de uma desilusão amorosa daquelas de ficar de pijama, se achando feia, preguiçosa e burra. De alugar Woody Allen pra sentir que alguém é parceiro das minhas neuroses. De quase me afogar em filmes românticos. De alugar filme americano burro para conseguir dormir pesado. De achar que um dia de Sol é uma afronta. De tirar de ouvido as notas tristes de uma música e depois cantarolar em sinfonias de "ais" doídos acompanhados de choros acústicos. De achar que uma janela, separada do chão por uma certa altura, tem seu sentido(me deixem ser dramática).
Mas ele não me deixa sofrer em paz, ele não me deixa ser feia, ele não me deixa virar bicho do mato. Ele aparece, sempre cheio das vontades, e me enche de feminilidade, me enche de vontade de ser mulher. E me aperta tanto que quase mata meu antigo amor. Minha cabeça pede tristeza para velar o defunto, minha alma pede silêncio para viver o luto. A mão dele aperta meus ossinhos da bacia..Meu coração bate sem vontade, impulsionado pela força dos suspiros fortes de tristeza. De repente agiliza, atropela, explode. É ele que me surpreende sem dar tempo de deixar para depois, sem dar espaço para a força da reação, sem dar som para a voz fraca da minha impossibilidade.
Eu querendo chorar a última piada lembrada, eu querendo doer a última certeza da rejeição, eu querendo passar em claro as últimas sensações de amor zombado e ele, precocemente, me fazendo feliz. Meu desejo morto, assexuado, traído, quer viver de lembranças, dores e palpitações abandonadas. Mas ele, com força, movimentos persistentes e ânsia inexplicável de tantas mãos, me vence, não pelo cansaço, mas por morte: ele enterra o meu eu apaixonado e faz renascer alguém limpa e virgem de defesas. Eu te quero branca e você está negra. Eu te quero inteira e você está esmiuçada em pedaços de amor quebrado. Eu te quero vem, vem, vem e você está tão vai, vai, vai. É o que ele me diz sem dizer, porque ele não diz nada para ter mais tempo de fazer. É o que ele me pede sem pedir, porque se ele pedisse dava tempo de eu fugir. Estou presa pelo prazer dele, estou derrubada pelo peso dele, estou sufocada pelo desejo dele. Não estou em mim e me abasteço de outra vida. Sou sua hospedeira e sugo dele justamente o que ele tem de mais e eu de menos: tesão por mim.

sábado, 25 de julho de 2009

"A Síndrome dos vinte e tantos"

A chamam de 'crise do quarto de vida'.
Você começa a se dar conta de que seu círculo de amigos é menor do que há alguns anos. Se dá conta de que é cada vez mais difícil vê-los e organizar horários por diferentes questões: trabalho, estudo, namorado(a) etc..

E cada vez desfruta mais dessa cervejinha que serve como desculpa para conversar um pouco. As multidões já não são 'tão divertidas'… E às vezes até lhe incomodam. E você estranha o bem-bom da escola, dos grupos, de socializar com as mesmas pessoas de forma constante.

Mas começa a se dar conta de que enquanto alguns eram verdadeiros amigos, outros não eram tão especiais depois de tudo. Você começa a perceber que algumas pessoas são egoístas e que, talvez, esses amigos que você acreditava serem próximos não são exatamente as melhores pessoas que conheceu e que o pessoal com quem perdeu contato são os amigos mais importantes para você.

Ri com mais vontade, mas chora com menos lágrimas e mais dor.
Partem seu coração e você se pergunta como essa pessoa que amou tanto pôde lhe fazer tanto mal. Ou, talvez, à noite você se lembre e se pergunte por que não pode conhecer alguém o suficiente interessante para querer conhecê-lo melhor. Parece que todos que você conhece já estão namorando há anos e alguns começam a se casar. Talvez você também, realmente, ame alguém, mas, simplesmente, não tem certeza se está preparada para se comprometer pelo resto da vida.

Os rolês e encontros de uma noite começam a parecer baratos e ficar bêbada e agir como uma idiota começa a parecer, realmente, estúpido.

Sair três vezes por final de semana lhe deixa esgotada e significa muito dinheiro para seu pequeno salário. Olha para o seu trabalho e, talvez, não esteja nem perto do que pensava que estaria fazendo. Ou, talvez, esteja procurando algum trabalho e pensa que tem que começar de baixo e isso lhe dá um pouco de medo.

Dia a dia, você trata de começar a se entender, sobre o que quer e o que não quer. Suas opiniões se tornam mais fortes.
Vê o que os outros estão fazendo e se encontra julgando um pouco mais do que o normal, porque, de repente, você tem certos laços em sua vida e adiciona coisas a sua lista do que é aceitável e do que não é.

Às vezes, você se sente genial e invencível, outras… Apenas com medo e confusa. De repente, você trata de se obstinar ao passado, mas se dá conta de que o passado se distancia mais e que não há outra opção a não ser continuar avançando.

Você se preocupa com o futuro, empréstimos, dinheiro… E com construir uma vida para você.
O que, talvez, você não se dê conta, é que todos que estamos lendo esse textos nos identificamos com ele. Todos nós que temos 'vinte e tantos' e gostaríamos de voltar aos 17-18 algumas vezes. Parece ser um lugar instável, um caminho de passagem, uma bagunça na cabeça… Mas TODOS dizem que é a melhor época de nossas vidas e não temos que deixar de aproveitá-la por causa dos nossos medos… Dizem que esses tempos são o cimento do nosso futuro. Parece que foi ontem que tínhamos 16… Então, amanha teremos 30?!?! Assim tão rápido?!?!

sábado, 18 de julho de 2009

"Faço da queda um pαsso de dαnçα, do medo umα escαdα, do sonho umα ponte, dα procurα um encontro, e se o príncipe não se encαntαr, tiro ele dα históriα!!!"
heheheheheh

quinta-feira, 16 de julho de 2009


"Minha dor, guardo comigo. Aprendi a ser assim desde muito nova ainda. Você pode me olhar e não fazer a mínima idéia do que se passa aqui dentro. Você pode achar que estou feliz ou que acabei de ganhar na mega-sena quando na verdade acabei de perder uma pessoa que amava. Não sei se isso é bom ou ruim. Tem gente que diz que falar ajuda a “colocar pra fora o que te faz mal”. Como vomitar em alguém. Despejar um balde de lixo na cabeça de alguém que não tem nada com isso. Não gosto dessa idéia. Sou meio homem nessas horas. Prefiro entrar na minha caverna, ficar muda sem falar com ninguém e resolver o assunto na minha cabeça.

Não aceito que me julguem sem me conhecer. Não aceito que me conheçam pelo meu sorriso ou pela falta dele. Se eu te contar minha vida, ouça sem me interromper. Não me dê conselhos, pois o que você terá ouvido são apenas histórias e não sentimentos. Não vou me fazer de vítima, muito menos assumir uma culpa que não for minha.

Não me diga onde errei. Eu sei. Conheço meus acertos mais louváveis e meus erros mais repulsivos. Se der errado, vivo meu luto de novo. Não me importo. Vai doer. Vai ferir. Vai cicatrizar e formar uma casquinha que depois sai só de passar a mão de leve. Bem ou mal, minha história me fez ser quem sou. Viveria cada segundo de novo, talvez eu cometesse os mesmos erros, talvez eu cometesse outros erros..."
Pessoas mudam.
Eu, você e tantos outros mais estamos em processo de mudança constante.
As vezes para melhor, outras para pior. É fato. Mudança é crescimento é amadurecimento. Conhecemos pessoas e gostamos ou não delas pelo que são. As vezes queremos que elas mudem, e nesse meio tempo não percebemos que se elas mudarem se tornarão diferentes daquelas as quais nos afeiçoamos.
Complicando as coisas: mudar alguém? Sim, é possível, mas somente quando essa pessoa quer e muito. Do contrário a pessoa até pode ceder para agradar, mas não será uma mudança verdadeira e sim uma máscara, que em vários momentos cairá.
Outras vezes percebemos que já não mantem mais determinada característica que tanto nos fez gostar de alguém. A confusão se arma na cabeça, pois ainda se gosta da pessoa e não mais das atitudes, o sentimento fica atravessado. Complicando as coisas: como querer que alguém seja o que era, se talvez essa mudança faça parte da evolução dessa pessoa?
Eu tento aceitar as pessoas como elas são... se não consigo, acabo me afastando, deixando meio quieto...
Ah muito tempo eu não sentia essa estranha sensação de paz....deve ser as esperadas férias vindo ao meu encontro!
Só mais umaaaa!!!
E sim, eu amo a ritter para conseguir ficar longe dela!
E o mês macabro ainda não terminou, alguém me diz qq é isso no meu olho????
Ah e faltam 20 dias!!!!!!!!!
É difícil não criar expectativas sobre uma pessoa ou uma situação.
Por mais que eu saiba que cada um tem um modo de agir, a gente sempre fantasia que poderia acontecer de um jeito ou de outro. Eu sei que deixo muito a desejar. Que com certeza algumas pessoas esperam de mim uma reação X e eu faço Y.
Sei que muitas vezes minhas atitudes não são as melhores, nem as mais corretas. Mas é o preço que eu pago por ser a rainha da espontaneidade. E um pouco sem noção também.
Aquela pessoa que diz o que pensa, que responde no ato o que perguntam, que da valor a sinceridade...e por isso mesmo digo em voz alta:
Criar expectativas é uma merda!

domingo, 12 de julho de 2009

"Chega de reticências.Ficar esperando.Sofrendo.Contando saudades.Se o amor não é possível, o melhor é colocar um fim. E ponto."

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Sorte de hoje: Se você não quer que ninguém saiba, não faça

sábado, 4 de julho de 2009

...Você vai acabar sem amor.
Teu maior medo é ficar sem amor, e no entanto, é assim que tem vivido.
Nega o amor que tentam te dar por medo de perdê-lo. Medroso, confuso, perdido no mar de mentiras que criou para se enganar. Nunca vi ninguém se enganar tanto como você. E consegue enganar aos outros também, tão fáceis e manipuláveis que são. Você precisa dos outros, teme críticas, preza opiniões dos inúteis e dispensáveis, que mantém à sua volta só porque precisa ser louvado o tempo todo. Cuidado com o louvor, meu querido.
Cuidado com as mentiras, porque elas cairão todas de uma vez na tua cabeça, te esmagando, te sufocando, te matando, e você não terá para onde fugir, para onde olhar, para quem gritar, porque os fracos nunca permanecem quando o céu desaba. E não adiantará olhar para cima. O céu está vazio. O céu não aceita mentiras, não aceita arrependimento temporário. O céu está vazio para você.
Então me escuta, não foge de si mesmo, não foge da tua alma, da tua essência que te faz ter o poder sobre os fracos. De nada serve ter poder sobre os fracos se não consegue controlar a si mesmo. Pára, e olha para a sua vida, olha para o que queria quando teu sangue era quente, quando fervia nas tuas veias. PÁRA! Pensa no que te faz respirar, no que te fez criar as manhãs mais líricas da tua vida. Pára de gelar teu sangue, pára de cortar a tua circulação, pára de se matar aos poucos com essa mediocridade que te cerca.
Coragem, meu querido, você só precisa de coragem, só precisa levantar a cabeça e não ter medo do fracasso, não ter medo de voar, de se atirar no poço mesmo sem saber o que te espera no fundo.
Explode, meu querido, brilha e depois apaga, mas brilha, por favor, FAZ. Talvez assim encontre o amor que tanto quer, que tanto almeja, que tanto te atormenta quando se permite lampejos de lucidez insana. Não haverá fim, não haverá paz, só cinzas e solidão e vazio até que você faça. Então faz. Faz agora. Abre os olhos enquanto dá, antes que seja tão tarde que a única coisa que te restará serão memórias no futuro do pretérito...