domingo, 28 de junho de 2009

Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento.
É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres ou dizer um simples obrigado. É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas. É possível vê-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam.
É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas, por exemplo. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros. Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas... É elegante você fazer algo por alguém, e este alguém jamais o saber.
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro. É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais. É elegante retribuir carinho e solidariedade. É elegante o silêncio.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante. Sorrir, sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma. Olhar nos olhos, ao conversar, é essencialmente elegante. Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la é improdutivo. A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os desafetos é que não irão desfrutá-la...

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