quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

"Não vou te adicionar no orkut. Não quero saber quem deixa recados pra você e qual o conteúdo deles. Isso é problema seu. Também não vou fuçar sua página na internet porque não quero achar assuntos que não me pertençam e acabar por interpretá-los mal. O que eu quiser saber da sua vida, vou te perguntar sem rodeios. Também não sou mulher de espionar celular. E-mail. Caixa postal. Nada disso. Não vou perguntar a ninguém sobre seu passado. Seus amores. Sua história. Prefiro que você mesmo me conte o que eu precisar saber. E, aliás, quero saber só o que você quiser me contar.Saber da sua vida pelos outros seria deixar que eles resolvessem por mim. E eu detesto que resolvam qualquer coisa por mim. E muito menos vou deixar seu passado resolver o seu futuro comigo. Taí. Detesto especulações. O que vai ser do meu futuro junto com o seu não tem como eu, nem você, nem outra pessoa qualquer saber. Só pagando pra ver. E a gente paga. Assume os riscos. Calcula o custo-benefício. E, no final, o saldo promete ser positivo.Traiu sua ex-namorada? Fugiu de casa? Jogou a outra da janela? Não me interessa. O que você vai ser comigo nunca vai ser igual ao que você foi com qualquer outra pessoa. Sabe por que? Porque eu não sou igual a qualquer outra pessoa. Por isso não quero saber. Não quero saber da sua vida o que você não quiser me contar. Não quero saber o que os outros têm pra falar de você. Se é do bem ou do mal. Se trabalha ou é vagabundo. Se é fiel ou trai a si mesmo. Deixe que eu tire minhas próprias conclusões a seu respeito. Não gosto que me digam como fazer. Meu passado não é um lençol de cetim branco. O seu não é. E atire a primeira pedra quem não tem uma manchinha negra escondidinha lá no canto.
Por isso, insisto: eu não quero saber de onde você veio, o que você fez ou quem amou. Quero saber quem você é quando está comigo. Quero saber se posso confiar em você como confio em mim mesma. Quero saber da sua vida só hoje. E do amanhã, quero saber só se você estiver comigo!"

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Esse meu jeito...

"Você já deveria conhecer meu tom seco e sarcástico e minha insuportável mania de falar a verdade sem me importar com o que os outros vão pensar. Sem me importar se vão continuar gostando de mim mesmo assim. Nunca precisei fingir que sou uma pessoa boa. Nunca precisei fingir que eu não to nem aí quando eu to mais aí do que aqui. Não faz meu tipo. Me esforço às vezes pra ser romântica, pra acreditar nos planos. Pra acreditar nas pessoas. Nunca chorei pra convencer. Talvez porque não faço questão de convencer. Ou, como muitos dizem, sou direta. Fria. Seca. É. Nada disso é novidade pra ninguém. É só o meu jeito.Só consigo chorar se estiver triste. Não sei fazer cena. Meu personagem é o mais puro retrato de mim. Sem máscaras.
Sempre fui metida à pessoa-mais-sincera-do-mundo e sempre me dei mal. Portanto, não aconselho ninguém a seguir meus passos. Minha mania de falar a verdade faz com que eu exija o mesmo tipo de atitude das pessoas. E aí, qualquer deslize é o suficiente pra eu mostrar o cartão vermelho. Falta grave. Não tolero mentira de espécie alguma. Se um dia eu perguntar pra uma amiga qual o caminho que ela faz pra chegar até minha casa e ela mentir, a amizade se encerra junto com a resposta dela.

As pessoas mentem basicamente por duas razões: pra protegerem a si mesmas ou pra protegerem alguém. E assim, cada um protege o seu como pode.
Minha avó dizia que mentira tem perna curta. E eu digo mais: tem perna curta e tropeça. Quem mente tropeça em si mesmo. Tropeça nas palavras. Embola frases. Mistura idéias. Se confunde. Tenta confundir o outro. Engasga. Contradiz a si mesmo a cada três frases ditas. Os olhos piscam mais rápido que o normal e vagueiam sem foco. Quem mente, mais cedo ou mais tarde, acaba se entregando de alguma forma, a mascara sempre cai."

Teoria do biscoito...

Essa teoria nunca deixa de existir.....eheheh
Beijos



Uma vez minha vó me disse que homem é igual a biscoito: vem um, vêm 18.Eu devia ter uns 15 anos e achei graça. Mas só hoje, 14 anosdepois, do alto da minha solteirice, eu compreendi tudo sobre essa teoria. E vi que vovó tinha razão.Funciona assim: quando a gente tá carente, sozinha, solteira, e sai ligando pra todos os paqueras, ex-namorados, rolos e afins, ninguém te quer, não é?Pois é. Essa é a primeira fase: tocos em profusão. Na segunda fase, a gente resolve que não precisa de homem nenhum pra ficar bem, e aí aparece um só pra contradizer nossa certeza de auto-suficiência. Vem todo carinhoso, romântico, paparicante... A gente baixa a guarda, começa a sair com o cara, percebe que ele é interessante, resolve ver no que dá. Vai saindo, conhecendo, ficando... E aí o que acontece? Entra na fase 3: a Teoria do Biscoito.Chega um momento em que tu sente que a historinha tá evoluindo pra um possível compromisso, que está gostando daquele carinha, mesmo que ele não seja o príncipe encantado que sempre habitou seu imaginário de mulherzinha.Só que aí, neste exato momento, TODOS os outros que te dispensaram antes começam a te ligar. Parece que eles farejam no ar, que combinam entre si.Acho que a gente deve exalar algum cheiro diferente que, interpretado pelo cérebro masculino, diz "eu encontrei alguém, não estou disponível".Imediatamente, você se torna o objeto de cobiça de todoseles. Talvez justamente por estar radiante, feliz e não-disponível.Aí rola aquela seqüência inacreditável de acontecimentos fantásticos.Você tá na vernissage com seu novo pretendente e aquele gatinho que você beijou a dois meses e nunca mais deu notícias começa a te ligar. Você vai pra boate sozinha (no dia que seu gatinho resolve ficar em casa descansando) e encontra aquele clone do Rodrigo Santoro, que namorava sua colega de serviço na década passada, e ele te olha, te acha linda e quer ficar com você.E aquele outro, que era seu sonho de consumo como namorado perfeito, partidão, mas que sempre te esnobou, começa a te ligar quase diariamente: chama pro cinema, chama pro showzinho, liga para perguntar o que tu tá fazendo, pra te falar do disco novo que comprou, liga só pra ouvir a tua voz...Tem gente que acha isso o paraíso. Mas na boa, eu acho que só serve pra atrapalhar. Porque, como mulherzinha do bem que sou, eu só quero essa penca de homens me ligando quando tô na guerra, que é pra poder escolher.Mas depois que eu resolvo sossegar com um, não quero que ninguém fique me ligando pra semear a discórdia e a dúvida na minha mente.Mas o babado é resistir às tentações. De repente, com tantos homens fantásticos te ligando, tu começa a olhar pro seu pretendente atual e a achar que ele não é tão bonito quanto o fulano, nem tão alto e gostoso como o beltrano, nem carinhoso e bem-humorado como o cicrano. Você questiona se não está com ele por pura carência, porque ele apareceu num momento de falta de opções no mercado. E essa é a grande cilada.Muitas não resistem. Dispensam o gatinho atual e tentam administrar todos os outros. Eu já fiz isso. Aí a Teoria do Biscoito entra na fase final: a de que quem come o pacote inteiro tem indigestão. Fica sem ninguém. Todos somem e você fica sozinha, se perguntando como foi que deixou escapar aquele carinha tão legal com quem estava saindo, só por capricho.Eu não sei se funciona assim para todas as pessoas. Mas eu decidi que agora vou dizer um sonoro "não, obrigada" para toda a fila de negrescos com super-cobertura, e ficar sim com aquele que não é negresco, mas é bono de chocolate. Que não é brastemp super-ultra-mega-estrelinha-plus, mas é consul-slim e se encaixa direitinho na minha casa. Que não é o príncipe encantado, lindo, maravilhoso, perfeito, em cima do cavalo branco, mas que é um cara real, de carne e osso, que está do meu lado e quer ficar comigo. Quem me diverte e me agrada, e gosta das mesmas músicas que eu, e gosta de dançar música trash dos anos 80, que me apresenta pros amigos sem nenhuma cerimônia, que fica bolando pequenas surpresas pra me fazer e que é, sim, muito lindinho à sua maneira. Simples assim. Se não der certo, não deu.Faz parte da vida. Mas eu não preciso comer o pacote inteiro de negresco pra saber que um bono de chocolate me satisfaz.
Martha Medeiros

Ser adulto...

Não acredito em pessoas que se complementam. Acredito em pessoas que se somam. Às vezes você não consegue nem dar cem por cento de você para vocêmesmo, como cobrar cem por cento do outro? E não temos esta coisa completa.Às vezes ele é fiel, mas não é bom de cama.Às vezes ele é carinhoso, mas não é fiel.Às vezes ele é atencioso, mas não é trabalhador.Às vezes ela é malhada, mas não é sensível. Tudo nós não temos. Perceba qual o aspecto que é mais importante e invista nele. Pele é um bicho traiçoeiro. Quando você tem pele com alguém, pode ser o papai com mamãe maisbásico que é uma delícia. E às vezes você tem aquele sexo acrobata, mas que não te impressiona. .. Acho que o beijo é importante.. . E se o beijo bate... Se joga... Senãobate... Mais um Martini, por favor... E vá dar uma volta. Se ele ou ela não te quer mais, não force a barra. O outro tem o direito de não te querer. Não lute, não ligue, não dê pití. Se a pessoa tá com dúvida, problema dela, cabe a você esperar ou não. Existe gente que precisa da ausência para querer a presença. O ser humano não é absoluto. Ele titubeia, tem dúvidas e medos, mas sea pessoa REALMENTE gostar, ela volta. Nada de drama. Que graça tem alguém do seu lado sob chantagem, gravidez, dinheiro,recessão de família? O legal é alguém que está com você por você.E vice versa. Não fique com alguém por dó também. Ou por medo da solidão. Nascemos sós. Morremos sós. Nosso pensamento é nosso, não é compartilhado. E quando você acorda, a primeira impressão é sempre sua, seu olhar,seu pensamento. Tem gente que pula de um romance para o outro. Que medo é este de se ver só, na sua própria companhia? Gostar dói. Você muitas vezes vai ter raiva, ciúmes, ódio, frustração. Faz parte. Você namora um outro ser, um outro mundo e um outro universo. E nem sempre as coisas saem como você quer...A pior coisa é gente que tem medo de se envolver. Se alguém vier com este papo, corra, afinal, você não é terapeuta. Se não quer se envolver, namore uma planta. É mais previsível. Na vida e no amor, não temos garantias. E nem todo sexo bom é para namorar.Nem toda pessoa que te convida para sair é para casar.Nem todo beijo é para romancear.Nem todo sexo bom é para descartar.Ou se apaixonar.Ou se culpar. Enfim...quem disse que ser adulto é fácil?

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Mensagem do ano

Ao inves de todo aquele bla bla bla whiska sashe de sempre deixo a todos essa filosofica frase para o novo ano huahuahauhauahuahuahauhauahahauhauh

A arte de morcegar


Treinamento de aperfeiçoamento "Morcegar" no trabalho

1. Nunca caminhe sem um documento nas mãos
- Pessoas com documentos em uma das mãos parecem funcionários ocupadíssimos que se dirigem para reuniões importantes.
- As pessoas de mãos vazias parecem que estão se dirigindo para a cafeteria.
- As pessoas com um jornal nas mãos parecem que estão se dirigindo para o banheiro.
- Sobretudo, leve algum material para casa, isso causa a falsa impressão de que você trabalha mais horas do que você costuma trabalhar.

2.Use o computador para parecer ocupado
- Quando você usa um computador, parece que você está "trabalhando"para quem observa ocasionalmente.
Você pode emitir e receber e-mail pessoal, ficar no bate papo ou ter uma explosão sem que isso tenha alguma coisa a ver com trabalho.

3. Mesa bagunçada
- Quando sua mesa está bagunçada parece que você está trabalhando duramente.
- Construa pilhas enormes de documentos em torno de seu espaço de trabalho.
- Ao observador, o trabalho do ano passado parece o mesmo que o trabalho de hoje; é o volume que conta. Se você souber que alguém está vindo à sua sala, finja que está procurando algum papel.

4.O correio de voz
- Nunca responda a seu telefone se você tiver o correio de voz. As pessoas não te ligam para te dar nada além de mais trabalho.
- Selecione todas suas chamadas através do correio de voz.
- Se alguém deixar uma mensagem do correio de voz para você e se for para trabalho, responda durante a hora do almoço quando você sabe que eles não estão lá.
5. Pareça impaciente e irritado.
- Você deve estar sempre parecendo impaciente e irritado, para dar ao seu chefe a impressão de que você está realmente ocupado.

6. Sempre vá embora tarde
- Sempre deixe o escritório mais tarde, especialmente se o seu chefe estiver por perto.
- Sempre passe na frente da sala do seu Chefe quando estiver indo embora.
- Emita e-mails importantes bem tarde (por exemplo 21:35, 6:00,etc...) e durante feriados e finais de semana.

7. Reclame sozinho
- Fale sozinho quando tiver muita gente por perto, dando a impressão de que você está sob pressão extrema.

8. Estratégia de empilhamento.
- Empilhar documentos em cima da mesa não é o bastante.
- Ponha vários livros no chão. (os manuais grossos do computador são melhores ainda)
9. Construa um vocabulário.
- Procure no dicionário palavras difíceis.Construa frases e use-as quando estiver conversando com o seu chefe.Lembre-se: ele não tem que entender o que você diz, desde que o que você diga dê a entender de que você está certo.

desejo


"Desejo primeiro que você ame,
E que amando, também seja amado.
E que se não for, seja breve em esquecer.
E que esquecendo, não guarde mágoa.
Desejo, pois, que não seja assim,
Mas se for, saiba ser sem desesperar.
Desejo também que tenha amigos,
Que mesmo maus e inconseqüentes,
Sejam corajosos e fiéis,
E que pelo menos num deles
Você possa confiar sem duvidar.
Desejo depois que você seja útil,
Mas não insubstituível e sim único.
E que nos maus momentos,
Quando não restar mais nada,
Essa utilidade seja suficiente para manter você de pé.
Desejo ainda que você seja tolerante,
Não com os que erram pouco, porque isso é fácil,
Mas com os que erram muito e irremediavelmente,
E que fazendo bom uso dessa tolerância,
Você sirva de exemplo aos outros.
Desejo que você, sendo jovem,Não amadureça depressa demais,
E que sendo maduro, não insista em rejuvenescer
E que sendo velho, não se dedique ao desespero.
Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor e
É preciso deixar que eles escorram por entre nós.
Desejo por sinal que você seja triste,
Não o ano todo, mas apenas um dia.
Mas que nesse dia descubra
Que o riso diário é bom,
O riso habitual é insosso e o riso constante é insano.
Desejo também que você plante uma semente,
Por mais minúscula que seja,
E acompanhe o seu crescimento,
Para que você saiba de quantas
Muitas vidas é feita uma árvore.
Desejo por fim que você sendo homem,
Tenha uma boa mulher,
E que sendo mulher,
Tenha um bom homem
E que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes,
E quando estiverem exaustos e sorridentes,
Ainda haja amor para recomeçar.
E se tudo isso acontecer,
Não tenho mais nada a te desejar "

domingo, 28 de dezembro de 2008

Pra que serve um amigo?!?!?!


Para que serve um amigo? Para rachar a gasolina(essa é pra Aline), emprestar a prancha, recomendar um disco, dar carona pra festa(Motorista da rodada), passar cola(né Aline?!?!?), caminhar no shopping(para as minhas manas loiras e a minha preta), segurar a barra. Todas as alternativas estão corretas, porém isso não basta para guardar um amigo do lado esquerdo do peito. Milan Kundera, escritor tcheco, escreveu em seu último livro, "A Identidade", que a amizade é indispensável para o bom funcionamento da memória e para a integridade do próprio eu. Chama os amigos de testemunhas do passado(10 anos né Preta) e diz que eles são nosso espelho, que através deles podemos nos olhar. Vai além: diz que toda amizade é uma aliança contra a adversidade, aliança sem a qual o ser humano ficaria desarmado contra seus inimigos. Verdade verdadeira. Amigos recentes custam a perceber essa aliança, não valorizam ainda o que está sendo contruído. São amizades não testadas pelo tempo, não se sabe se enfrentarão com solidez as tempestades ou se serão varridos numa chuva de verão. Veremos. Um amigo não racha apenas a gasolina: racha lembranças, crises de choro, experiências. Racha a culpa, racha segredos. Um amigo não empresta apenas a prancha. Empresta o verbo, empresta o ombro, empresta o tempo, empresta o calor e a jaqueta. Um amigo não recomenda apenas um disco. Recomenda cautela, recomenda um emprego, recomenda um país. Um amigo não dá carona apenas pra festa. Te leva pro mundo dele, e topa conhecer o teu. Um amigo não passa apenas cola. Passa contigo um aperto, passa junto o reveillon.(Nosso revellion né guuurias!!) Um amigo não caminha apenas no shopping. Anda em silêncio na dor, entra contigo em campo, sai do fracasso ao teu lado. Um amigo não segura a barra, apenas. Segura a mão, a ausência, segura uma confissão, segura o tranco, o palavrão, segura o elevador. Duas dúzias de amigos assim ninguém tem. Se tiver um, amém.
Para vcs gurias!
Amo todas.......
Beijoooos

sábado, 27 de dezembro de 2008

Perguntas...

Quantas vezes você andava na rua e sentiu um perfume e lembrou de alguém que gosta muito?Quantas vezes você olhou para uma paisagem em uma foto, e não se imaginou lá com alguém... Quantas vezes você estava do lado de alguém, e sua cabeça não estava ali? Alguma vez você já se arrependeu de algo que falou dois segundos depois de ter falado? Você deve ter visto que aquele filme, que vocês dois viram juntos no cinema, vai passar na TV... E você gelou porque o bom daquele momento já passou... E aquela música que você não gosta de ouvir porque lembra algo ou alguém que você quer esquecer mas não consegue? Não teve aquele dia em que tudo deu errado, mas que no finzinho aconteceu algo maravilhoso? E aquele dia em que tudo deu certo, exceto pelo final que estragou tudo? Você já chorou por que lembrou de alguém que amava e não pôde dizer isso para essa pessoa? Você já reencontrou um grande amor do passado e viu que ele mudou? Para essas perguntas existem muitas respostas... Mas o importante sobre elas não é a resposta em si... Mas sim o sentimento... Todos nós amamos, erramos ou julgamos mal... Todos nós já fizemos uma coisa quando o coração mandava fazer outra... Então, qual a moral disso tudo? Nem tudo sai como planejamos portanto, uma coisa é certa... Não continue pensando em suas fraquezas e erros, faça tudo que puder para ser feliz hoje! Não deite com mágoas no coração. Não durma sem ao menos fazer uma pessoa feliz! E comece com você mesmo!!!

**Martha Medeiros**

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Ser ou não ser de ninguém?Eis a questão da geração tribalista

Na hora de cantar todo mundo enche o peito nas boates, levanta os braços, sorri e dispara: "eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também". No entanto, passado o efeito do uísque com energético e dos beijos descompromissados, os adeptos da geração "tribalista" se dirigem aos consultórios terapêuticos, ou alugam os ouvidos do amigo mais próximo para reclamar de solidão, ausência de interesse das pessoas, descaso e rejeição. A maioria não quer ser de ninguém, mas quer que alguém seja seu.
Beijar na boca é bom? Claro que é! Manter-se sem compromisso, viver rodeado de amigos em baladas animadíssimas é legal? Evidente que sim. Mas por que reclamam depois? Será que os grupos tribalistas se esqueceram da velha lição ensinada no colégio, de que "toda ação tem uma reação"? Agir como tribalista tem conseqüências, boas e ruins, como tudo na vida. Não dá, infelizmente, para ficar somente com a cereja do bolo - beijar de língua, namorar e não ser de ninguém. Para comer a cereja é preciso comer o bolo todo e nele, os ingredientes vão além do descompromisso, como: não receber o famoso telefonema no dia seguinte, não saber se está namorando mesmo depois de sair um mês com a mesma pessoa, não se importar se o outro estiver beijando outra, etc, etc, etc.
Embora já saibam namorar, "os tribalistas" não namoram. Ficar também é coisa do passado. A palavra de ordem hoje é "namorix". A pessoa pode ter um, dois e até três namorix ao mesmo tempo. Dificilmente está apaixonada por seus namorix, mas gosta da companhia do outro e de cultivar a ilusão de que não está sozinho. Nessa nova modalidade de relacionamento, ninguém pode se queixar de nada. Caso uma das partes se ausente durante uma semana, a outra deve fingir que nada aconteceu - afinal, não estão namorando. Aliás, quando foi que se estabeleceu que namoro é sinônimo de cobrança?
A nova geração prega liberdade, mas acaba tendo visões unilaterais. Assim como só deseja "a cereja do bolo tribal", enxerga apenas o lado negativo das relações mais sólidas. Desconhece a delícia de assistir um filme debaixo das cobertas num dia chuvoso comendo pipoca com chocolate quente, o prazer de dormir junto abraçado roçando os pés sob as cobertas e a troca de cumplicidade, carinho e amor. Namorar é algo que vai muito além das cobranças. É cuidar do outro e ser cuidado por ele, é telefonar só para dizer boa noite, ter uma boa companhia para ir ao cinema de mãos dadas, transar por amor, ter alguém para fazer e receber cafuné, um colo para chorar, uma mão para enxugar lágrimas, enfim, é ter alguém para amar.
Já dizia o poeta Carlos Drummond de Andrade que "amar se aprende amando" e se seguirmos seu raciocínio, esbarraremos na lição que nos foi transmitida nas décadas passadas: relação é sinônimo de desilusão. O número avassalador de divórcios nos últimos tempos, só veio confirmar essa tese e aqueles que se divorciaram (pais e mães dos adeptos do tribalismo) vendem (na maioria das vezes) a idéia de que casar é um péssimo negócio e que uma relação sólida é sinônimo de frustrações futuras. Talvez seja por isso que pronunciar a palavra "namoro" traga tanto medo e rejeição. No entanto, vivemos em uma época muito diferente daquela em que nossos pais viveram. Hoje podemos optar com maior liberdade e não somos mais obrigados a "comer sal junto até morrer". Não se trata de responsabilizar pais e mães, ou atribuir um significado latente aos acontecimentos vividos e assimilados na infância, pois somos responsáveis por nossas escolhas, assim como o que fazemos com as lições que nos chegam. A questão não é causal, mas quem sabe correlacional.
Podemos aprender amar se relacionando. Trocando experiências, afetos, conflitos e sensações. Não precisamos amar sob os conceitos que nos foram passados. Somos livres para optar. E ser livre não é beijar na boca e não ser de ninguém. É ter coragem, ser autêntico e se permitir viver um sentimento... É arriscar, pagar para ver e correr atrás da felicidade. É doar e receber, é estar disponível de alma, para que as surpresas da vida possam aparecer. É compartilhar momentos de alegria e buscar tirar proveito até mesmo das coisas ruins.
Ser de todo mundo, não ser de ninguém é o mesmo que não ter ninguém também... É não ser livre para trocar e crescer... É estar fadado ao fracasso emocional e à tão temida solidão.


**Mônica Montone**